2 Frases do Krishnamurti Para Despertar Sua Autodireção
Como ser livre a partir dos aprendizados do filósofo indiano
Tem muito de Krishnamurti nas minhas ideias sobre o aprendizado e a vida.
Os dois textos abaixo, escritos na época em que eu estava produzindo material para o meu curso A2: Aprendendo a Aprender, contém reflexões que considero fundamentais a partir de frases do filósofo indiano.
"Liberdade é não ter escolha"
"Mas a escolha dá liberdade? Por que temos que escolher? Se você é realmente lúcido, se tem uma compreensão exata das coisas, então não há escolha. Disso resulta uma ação correta. Apenas quando há dúvida e incerteza é que começamos a escolher. A escolha, então, se vocês me permitem dizê-lo, constitui um empecilho para a liberdade". (Jiddu Krishnamurti em "O que é a Liberdade")
Krishnamurti, nascido para liderar uma comunidade religiosa global, decidiu romper com o que esperavam dele porque "a verdade é uma terra sem caminho".
(Vale muito ler o discurso em que ele anuncia esse rompimento, em 1929)
Em muitos de seus livros, o pensador indiano aborda o tema da liberdade. E sua definição para esse termo é, assim como sua trajetória, também inesperada.
Para Krishnamurti, a verdadeira liberdade é você estar fazendo aquilo que, naquele exato instante, é a única coisa que você poderia estar fazendo. Em outras palavras, é fincar os pés no presente, habitando a direção que simplesmente brota dentro de si.
O aprender a aprender que eu acredito se revela a partir dessa liberdade "krishnamurtiana", plantada sob o agir autêntico.
Se você passa muito tempo na sua cabeça alimentando dúvidas, acaba perdendo a conexão com o que só pode surgir no calor do momento presente.
"Ao invés de adorar o copo, beba a água"
Mais uma sabedoria de Krishnamurti.
Ainda que ele tenha escrito isso no contexto da espiritualidade, faz muito sentido também no campo da aprendizagem.
Quando "adoramos o copo" no contexto do aprendizado, isso significa que estamos colocando certas pessoas, ideias ou experiências num pedestal. Nos colocamos, nessas relações, em uma posição de inferioridade, ainda que de maneira inconsciente.
Não nos percebemos capazes de fazer o que essas pessoas fazem, de compreender profundamente essas ideias ou de viver integralmente essas experiências.
Assim, além de nos sentirmos inferiores – justamente por isso, na verdade –, corremos o risco de nos tornarmos dependentes dessa “adoração”.
Lembra de Joseph Jacotot e da igualdade de inteligências, necessária para a emancipação intelectual? É algo parecido aqui.
"Ao invés de adorar o copo, beba a água".
Como chegam por aí essas reflexões?
E o que é liberdade pra você?
Me conta nos comentários! ⭐
Os ensinamentos de Krishnamurti me inspiram muito também.
E dignidade social.