😓 As 4 dores da autodireção
Tenho pensado cada vez mais em como levar uma vida autodirigida – além do aprender autodirigido.
Não se faz isso sem doer.
Como vi esses dias numa frase do Contardo Calligaris: “a lição mais importante da psicanálise é que todo desejo implica perda” (ou algo assim).
Existem pelo menos quatro dores associadas ao processo de se viver uma vida autodirigida.
A dor de desagradar, pois simplesmente não dá pra ser o queridinho ou a queridinha e, ao mesmo tempo, construir uma vida com erupções de sentido.
A dor da culpa, que bate quando você se desagrada consigo mesmo(a).
A dor do FOMO, ou o Medo de Estar Perdendo Algo, pois a autodireção escancara a multiplicidade de caminhos.
E a dor do ciúme – ou a vontade de controlar outras pessoas –, que é quando não aceitamos a autodireção dos(as) outros(as), somente a nossa.
Eu acordei hoje com o corpo todo dolorido, mas assim como os passarinhos que vejo da minha janela, eu sei que posso voar.