O poder da apreciação no aprendizado já é um terreno conhecido pra mim.
Escrevi um ensaio sobre isso para o livro Se Joga Que Aqui Tem Rede ano passado. Além disso, uma das propostas do Desafio 10 Dias de Hábitos de Aprendizagem também abordou esse tema.
Pensamos melhor na presença da apreciação. Nosso cérebro se desenvolve mais a partir do que “está dando certo”, e não do que “está dando errado”.
Mas e se, além de afirmação, apreciar também pudesse ser pergunta?
E se pudéssemos, além de devolver aquilo que deu certo na nossa percepção, ajudar o outro a explorar a natureza de sua própria excelência?
Diante de algo que você genuinamente aprecia em alguém, aqui vão algumas perguntas que você pode fazer:
“Nossa, eu realmente apreciei sua calma e sua técnica ao conduzir a reunião. O que estava passando na sua cabeça naquele momento?”
“Admirei muito a qualidade do seu código ao programar o aplicativo. O que te possibilitou chegar nesse nível?”
“Me tocou muito a combinação de cores que você usou nessa pintura. Como foi o seu processo para chegar nelas?”
“Que maravilhoso que você conseguiu finalizar a corrida! Como você está se sentindo agora?”
“Fiquei muito feliz ao saber que você manejou bem o conflito com seus filhos. O que isso significa pra você?”
Estou só começando a esmiuçar o poder dessas perguntas. Mas já enxergo um potencial imenso, por dois motivos:
Elas dirigem nossa atenção para o outro, aprofundando a conexão e fazendo a pessoa se sentir especial.
Elas criam a oportunidade perfeita para o outro refletir e aprender mais sobre o que o torna excelente e/ou único.
Também funciona de trás pra frente: quando você é apreciado com afirmações (“Adorei isso!”), devolva perguntas (“Que legal, por quê?” “O que exatamente te fez adorar isso?” “Como isso te tocou?” “Do que isso cuida em você?”).
A pergunta é o par perfeito da apreciação.
…
Obs.: mais uma vez, usei algumas ideias do texto The Feedback Fallacy, de Marcus Buckingham e Ashley Goodall, publicado na Harvard Business Review :)
Perguntas nos levam a um aprontamento do sentido das coisas né ? Mas sabe do que me lembrei ao ter seu post? Das orientações para uma prática mais correta de feedback Não basta dizer o que se pensa sobre algo , um bom feedback inclui disse as razões da ideia apresentada.