Eu fico impressionado com a quantidade de tempo, dinheiro e energia desperdiçados no modelo de sala de aula tradicional.
Boa parte das pessoas não está realmente ali. Elas estão em outros lugares, pensando em outras coisas, desejando secretamente viver, amar, rir, relaxar, contribuir, criar, pertencer.
Salas de aula com metodologias ativas, facilitação, jogos e projetos capitaneados pelo professor podem até “ativar” alguns dos alunos. Ainda assim, não são capazes de ativar a todos.
Para obter a verdadeira presença, é preciso que adultos e crianças possam trazer o que está presente dentro de si: seus interesses, suas curiosidades, suas paixões, seus propósitos.
É a partir desses presentes divinos que cada um de nós poderá criar suas jornadas mais potentes.
Talvez eles não brotem instantaneamente depois de anos e anos de salas cheias de pessoas ausentes. É preciso algum tempo e, sobretudo, confiança para a anestesia ir embora.
Obs.: a expressão “sala cheia de pessoas ausentes” é da Marcelle Xavier (obrigado por me ensinar tanto!). Já conhece o Instituto Amuta?
Um dos maiores realistas da educação da atualidade. Parabéns pelos textos fantásticos.