Aprendizado autodirigido pode ter regras? 🤷🏽♀️
Quando pensamos em ampliar a autonomia das pessoas no aprendizado dentro do trabalho, de quais autonomias estamos falando?
Eu venho refletindo muito sobre isso.
Um dos mantras do Mol, e que também influencia nos projetos que desenvolvo com organizações, é “tudo é convite”.
“Tudo é convite” serve para abrir mão das convocações compulsórias e, nesse sentido, abrir espaço para as pessoas escolherem.
Afinal, ninguém que é forçado a fazer algo costuma se engajar muito. Obrigar, além de não ser legal, é inefetivo 🙄
MAS...
Isso não significa que os convites que fizermos não possam ter regras, condições, combinados.
Em qualquer grupo que tenha um propósito, essas “estruturas de compromisso” são fundamentais.
Sabe por quê? Porque, dentro de um coletivo, se muitas pessoas deixam a peteca cair, isso impacta negativamente todo mundo.
Quem estava muito entusiasmado fica propenso a reduzir seu entusiasmo.
Quem estava mais ou menos motivado fica em dúvida se vale a pena seguir.
E quem já estava pouco engajado provavelmente não fica.
O engajamento é um fator individual E contextual.
Hoje em dia, quando vou desenvolver uma A³ (Arquitetura de Aprendizagem Autodirigida) em uma empresa, eu insisto na adesão voluntária das pessoas – autoinscrição –, mas, para quem adere, eu construo estruturas de compromisso bem explícitas.
Qual a diferença disso em relação a um treinamento convencional, então? 👀
Ao utilizar as A³, o foco é na criação dos contornos certos para que as pessoas maximizem sua autodireção no aprendizado.
Ao longo do percurso, elas terão uma boa dose de escolha no que se refere às variáveis “o que”, “como”, “com quem”, “onde” e “quando” aprender.
Essas autonomias podem e devem ser ampliadas – e isso se faz com mais liberdade.
Mas, se a pessoa disse “sim” a esse processo de expansão de sua autonomia, então eu quero que ela esteja em um contexto que possa facilitar seu comprometimento com isso.
Pelo bem de todo o grupo.
Obs. 1: o FICOO 2023, Festival Internacional da Cooperação, está com inscrições abertas. Será nos dias 12 a 14 de outubro em Brasília. Eu conheço bem o time de organização do Festival e recomendo muito!
Obs. 2: a Heloisa, mãe da Marcelle, minha namorada, está com algumas vagas para atendimentos psicoterapêuticos online. Vale segui-la no Instagram e, para marcar uma sessão, é só mandar uma mensagem pra ela por lá.
Obs. 3: agora é oficial! Eu e o grupo da Residência Mol iremos conduzir uma roda de conversa no Hack Town 2023, um festival de inovação e criatividade que vai rolar nos dias 17 a 20 de agosto em Santa Rita do Sapucaí-MG. Estaremos vivendo a residência durante todo o mês de agosto e, além de ofertar essa atividade no festival, iremos para curtir toda a programação também. Eu já fui no Hack Town uma vez e foi uma experiência incrível! Bora lá encontrar a gente? Se você for, me avisa! 🤩
(a imagem acima não faz jus à riqueza do encontro que ofereceremos no Hack Town, pois não serei só eu, e sim todo o grupo da residência que estará lá!)