Para acrescentar conexão e significado nas suas relações com outras pessoas, é preciso ir além do habitual.
Especialmente em relações em que a dose de convivência é grande, é comum cair na vala do piloto automático relacional.
Muitas vezes, esse piloto automático se traduz em:
Julgamentos sobre as escolhas da outra pessoa, de modo que com frequência “eu sei o que é melhor pra ela” ou “ela acha que sabe o que é melhor pra mim”
Tentativas de controle e cerceamento, das mais sutis às mais explícitas
Contradições entre mensagens verbais e corporais – “Imagina, tá tudo ótimo!” 😠😠😠
Monitoramento emocional constante – “Ei, tá tudo bem?”, “Aconteceu alguma coisa?, “O que que você tem?” (vale ler o ótimo post da Marcelle Xavier a respeito)
Falta de interesse e entusiasmo nas situações de vida da outra pessoa
Interrupções frequentes nas conversas
Tentativas reiteradas de resolver os problemas da pessoa por meio de “sugestões”, conselhos, palpites etc
Pouco empenho na criação de momentos e experiências intencionais de conexão
Falta de vulnerabilidade e comunicação emocional verdadeira – parece impossível falar do que eu realmente sinto e preciso com a pessoa, seja porque eu não consigo me abrir e/ou porque ela provavelmente vai se incomodar
Críticas incessantes e poucos momentos genuínos de apreciação
Será que é possível sair do piloto automático relacional?
A boa notícia é que sim, é.
A notícia não tão boa assim é que demanda esforço.
O primeiro e mais fundamental passo é começar a se perceber nas suas relações. Trabalhar sua propriocepção.
Pegue a lista que você acabou de ler e reflita: o quanto eu estou caindo na vala? O quanto estou julgando, controlando, dando conselhos, monitorando?
E, já que você está se fazendo perguntas, aqui vai mais uma: o quanto estou tolerando essa mesma toxicidade vindo de outras pessoas?
Redesenhar nossas relações não é ilegal.