Comunicação Não-Violenta e aprendizagem autodirigida têm mais em comum do que imaginamos.
Tanto a CNV quanto a aprendizagem autodirigida nos convidam a assumir responsabilidade. "Dependendo de como você olha, se responsabilizar por si mesmo pode ser uma condenação ou uma libertação" (aprendi com o Hugo Nóbrega). Na perspectiva da CNV, somos os responsáveis finais pelos nossos sentimentos e necessidades. No aprendizado autodirigido, somos os responsáveis finais pela nossa própria educação. O que vem de fora é estímulo, nunca a causa.
Necessidades são a base. Os caminhos que alguém cria para aprender de maneira autodirigida são expressão direta de necessidades humanas universais – autonomia, criatividade, propósito etc (fora as outras que ainda poderão ser satisfeitas uma vez que o aprendizado seja bem-sucedido). Na CNV, expressar e satisfazer o que precisamos é o ponto central de indivíduos e relações saudáveis.
Marshall Rosenberg, criador da CNV, era um exímio aprendiz autodirigido. Desde o momento em que vivenciou violências físicas e verbais na escola em que estudava, o pequeno Marshall já se deixava fascinar pela sua pergunta de aprendizagem – “o que nos permite permanecer sintonizados com nossa natureza compassiva até nas piores circunstâncias?” –, que serviu de base para todo o desenvolvimento da CNV.
E você, conhece e pratica a CNV? Que outros pontos de encontro você percebe entre as duas abordagens?
Também concordo com o Dante, acho que essa abordagem de expressar o seu sentimento com palavras que refletem uma comunicação mais assertiva, reforçando os aspectos positivos, o que na aprendizagem autodirigida também valoriza a expressão genuína e autêntica, no caminho do aprender em todo tempo.
Sensacional esse paralelo da CNV com a aprendizagem auto dirigida. Em particular, para mim, a maior sacada da CNV é que somos responsáveis pelo que sentimos. Trabalhei muito isso na terapia, tem implicações profundas.