Esses dois insights me fizeram ler livros de uma forma totalmente nova
Um dos meus livros preferidos até hoje, Sidarta, do Hermann Hesse, foi um presente de uma amiga.
Ela ficou encantada com a leitura e, depois de alguns dias transbordando esse encantamento comigo, ela resolveu me dar o livro.
De algum modo, eu sinto que a “preparação de terreno” que ela fez antes de eu sequer iniciar a leitura fez toda a diferença no quanto eu me abri para saborear a história.
Depois, eu emprestei o Sidarta para a minha mãe. Fiquei feliz de, em vez de “estocar” o livro na minha estante, fazê-lo circular até as mãos de uma das pessoas mais importantes pra mim.
Tudo isso me fez ter dois clarões:
A chance de você se encantar por uma leitura – ou por qualquer fonte de conhecimento, seja ela um Conteúdo, uma Experiência, uma Pessoa ou uma Rede – aumenta consideravelmente quando alguém que você gosta/admira “prepara o terreno” antes. Você se torna mais aberto e receptivo porque foi contagiado pelo afeto da pessoa. O seu viés de confirmação entra em cena, pois o primeiro contato que você teve com a leitura diz respeito à gostosura dela, atestada por alguém que você confia. A partir daí, automaticamente você focaliza a sua percepção no sentido de também conseguir captar as belezas daquela fonte.
Fazer os livros circularem em vez de estocá-los, além de ser uma atitude sustentável, pode ser um caminho de conexão com o outro. Existe uma magia em ler um livro que alguém te indicou/emprestou/presenteou, pois isso constrói uma ponte de repertório entre você e a pessoa. Eu agora posso comentar sobre as aventuras de Sidarta e Govinda com minha amiga e minha mãe e ter aquela sensação extraordinária de que elas de fato entendem do que estou falando. Não porque eu contei para elas a história, mas porque cada um de nós a descobriu.
Faz cada vez menos sentido pra mim ficar estocando livros. Quero mais é doá-los, emprestá-los, presenteá-los, fazê-los circular.
De preferência com bilhetinhos dentro deles contando como cada leitura me impactou – é uma forma de “preparar o terreno”.
O problema é que tem vários que eu ainda nem li.
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