Momentos, Jornadas e Infinito: 3 modos de jogo da aprendizagem autodirigida [Infográfico gratuito em PDF]
Faltam apenas 2 dias para o fim das inscrições do A2 e eu quero te contar sobre um dos principais temas que eu abordo no curso: meta-aprendizagem.
Assim como um poema sobre poesia ou um filme sobre cinema são exemplos de metalinguagem, meta-aprendizagem é um aprendizado... sobre aprender.
Só que, nesse caso, estamos falando de uma meta-aprendizagem autodirigida.
Ou seja: de que maneiras concretas você pode aprender a praticar o aprendizado autodirigido na sua vida?
Essa é uma das perguntas centrais respondidas no A2. E, de certo modo, ela resume uma série de estratégias e insights que eu fui criando ao longo dos anos investigando o território da autodireção.
Veja o infográfico abaixo:
[Você pode fazer o download do infográfico em PDF gratuitamente aqui]
Além do CEP+R, que eu já abordei na Semana A2 (link aqui), esse infográfico traz algumas novidades.
A principal delas está representada no triângulo no centro da imagem: são os 3 “modos de jogo” da aprendizagem autodirigida.
Momentos: são situações de aprendizado pontuais e que variam desde minutos, horas até alguns dias, podendo ser individuais ou coletivas. Fazer uma pesquisa de 1h sobre um assunto que te deixa curioso e sistematizar suas descobertas em um texto, participar de um encontro de um grupo de estudos, viajar para um retiro ou aprender a usar uma nova ferramenta digital são alguns exemplos de momentos.
Jornadas: são percursos de aprendizado cuja duração varia de 1 semana até 2-3 anos (por isso, eu considero que existem jornadas tamanho P, M e G). Especialmente as jornadas tamanho M e G podem ser percebidas através de 3 fases distintas, que eu chamo de Exploração, Sprints e Entrega. Para passar da fase de Exploração para a fase de Sprints, pode ser útil criar um projeto mais estruturado. Foi exatamente isso que eu fiz no início do meu doutorado informal em 2014 (que, dentro dessa nomenclatura, eu entendo como uma jornada G).
Infinito: é quando não estamos vivendo nenhuma jornada específica, mas ainda assim vivemos a aprendizagem autodirigida por meio dos Conteúdos, Experiências, Pessoas e Redes que já acessamos e que somos capazes de acessar dentro dos temas que importam pra nós. De maneira diferente dos outros modos de jogo que se baseiam mais na aprendizagem intencional – isto é, na busca ou criação ativa de oportunidades de aprendizado –, o modo infinito é mais conectado com a aprendizagem incidental – ou seja, situações que nós não planejamos/escolhemos conscientemente.
Cada um dos modos de jogo acima é uma forma de organizar e concatenar conversas com pessoas, escutas, cursos formais, aulas, cursos livres, viagens, mentorias, experiências, desafios, leituras, vídeos, eventos, encontros, enfim, diferentes estratégias de aprendizado (sintetizadas no CEP+R).
Vistos a partir de uma lente metafórica, os momentos são lagos, as jornadas são rios e o modo infinito é o oceano. Faz parte da sabedoria do aprendiz autodirigido escolher onde deseja mergulhar a cada momento de sua vida.
Todos esses modos de jogo podem ser alimentados por situações de aprendizagem formais, não formais, informais e incidentais. Isso é uma virada de chave profunda, pois aí sim começamos a entender a dimensão da aprendizagem autodirigida para muito além do aprendizado informal.
O infográfico traz ainda mais dois conceitos: Horizonte e Território.
O seu Horizonte é um símbolo de tudo aquilo que te encanta aprender. De tudo aquilo que exerce sobre você um desejo ávido pela investigação.
Talvez John Hagel chamaria isso de “paixão do explorador”, Rubem Alves de “coceira nas ideias”, Yaacov Hecht de “área de crescimento” e Paulo freire de “curiosidade epistemológica”.
Pra mim, o Horizonte pode ser sentido, mas não pode ser nomeado. Ele escapa a qualquer tentativa de redução. É uma pulsão de vida que nos ensina a direcionar nossa energia para onde há energia.
Os Territórios, sim, são nomeáveis. Precisamos descobrir (ou criar) os nomes dos Territórios pelos quais passamos para poder melhor nos orientar, e também para contar aos outros sobre eles.
Territórios são os saberes, ou seja, conceitos, métodos, técnicas, abordagens, visões de mundo, habilidades etc.
O nome de um Território funciona como uma “senha” para que você possa acessá-lo. Uma vez dentro dele, com algum esforço e paciência, você poderá encontrar tesouros.
Se essa visão faz sentido pra você, e se você quer aprender a “jogar o jogo” da aprendizagem autodirigida na prática, eu te convido a embarcar comigo no A2.
Clique aqui para saber tudo sobre o curso e se inscrever.
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