ontem rolou a despedida oficial da Residência Mol.
algumas pessoas residentes já foram embora, e amanhã será nosso último dia na casa da Tami.
na foto acima, o time de residentes quase completo. faltou o Luis, devidamente representado com uma foto dentro da foto (metafoto).
com esse grupo de 10 pessoas eu realizei um sonho que já alimentava há alguns anos: viver em comunidade.
o sonho de coletivizar mais a vida.
o sonho de ter mais uma família além da família que me pariu.
parece mentira ou romantização, mas não é: não teve treta.
o nível de respeito e apreciação que aprendemos a ter uns com os outres foi se expandindo dia após dia.
teve excursão, trilha, fritura livre, fogueira, cacau, star trek, filme de domingo, QMC, duplas de almoço e de louça, leitura sozinho-junto, ancestralidade, limites bem colocados, conversas infinitas, caminhadas de pensamento, meia maratona, cuscuz nordestino, memes intermináveis.
sabe o que mais teve?
reflorescimento.
saio dessa experiência rememorando o que o Rafa tão gentilmente me lembrou ontem:
mais do que aprendizado, é sobre amor.
um amor grande, aberto, que respeita radicalmente os caminhos dos outres.
e que, justamente por respeitar e se permitir testemunhar, aprende.
minha gratidão é do tamanho do mundo.
meu coração transborda por ter vivido essa comunidade tão gostosa, tão leve, tão espontânea, tão rica, tão consciente.
eu não sou de chorar, mas ontem eu chorei como um bebê.
eu vejo vocês e eu sei que vocês me veem.
obrigado por existirem, residentes.
obrigado por existir, Reflô.
a prosa da minha vida ganhou um ponto e vírgula; ela nunca mais será a mesma.
Obs.: a gravação da live que participei na segunda já está disponível no Youtube! Dentre outros assuntos, eu conto um pouco mais sobre a Residência lá. Clique aqui para assistir.
Muito massa.
Já vivi em comunidade em um outro contexto por quase 01 ano (éramos em 19).
O outro tem um papel fundamental (de base, fundamento) no nosso desenvolvimento.
Eu visitei, sou testemunha dessa experiência extraordinária.
Coragem, amor, amor à aprendizagem, entre outras forças, foi o que esses residentes tiveram ao morarem juntos por 30 dias. Sair da nossa “caixa diária” e mergulhar nessa casa é “desruptar” consigo mesmo, é aceitar morar num parque de espelhos, ir para o autoconhecimento de peito aberto. Florescimento puro. Toda minha admiração e orgulho desses moleiros do meu coração.