Mas somente resultados previsíveis e limitados.
E quando a intenção ou as necessidades mudam? E quanto o contexto muda?
É muito comum aprender através de métodos / passo-a-passos / técnicas / “fôrmas” prontas.
O ponto positivo é que eles nos dão segurança de que estamos no caminho “certo”.
Usualmente, eles também facilitam a percepção de progresso por meio de parâmetros padronizados e quantificação de resultados.
Em outras palavras: com um método, fica mais fácil saber se você está conseguindo avançar ou não.
Métodos ordenam a realidade, e isso é, ao mesmo tempo, sua benção e sua maldição.
Ao fazerem isso, eles também reduzem, distorcem e, de certo modo, nos acorrentam à uma certa maneira de perceber (e atuar na) realidade.
Pense num psicólogo que atende seus pacientes sempre do mesmo jeito. Ou num guitarrista que sempre cria seus solos seguindo a mesma escala. Ou num cirurgião que sempre opera seguindo rigorosamente as instruções que aprendeu na residência. Ou num escritor que utiliza sempre as mesmas construções frasais.
Pode dar muito certo, mas é pouco versátil e pouco permeável às imprevisibilidades. Tende a ser, também, pouco criativo.
Alguns caminhos são:
Entender sempre que “o mapa não é o território”
Aprender diferentes métodos, ampliando sua caixa de ferramentas
Criar seus próprios métodos (e adaptá-los continuamente)
Trabalhar a partir de princípios e “metadesigns” – mais amplos, interativos e menos engessados que os métodos (as arquiteturas de aprendizagem autodirigida são um exemplo)
Cultivar uma abertura perene para lidar com aquilo que emerge (meditação, humor, improviso, movimentar o corpo, trabalhos manuais, ócio, natureza e os quatro itens acima podem ajudar nisso)
Aproveite tudo que os métodos podem te dar, mas não seja escravo deles.
Eu concordo plenamente contigo.