A Filosofia do Botar Reparo

Como você percebe o que percebe?

“Botar reparo” é uma expressão que eu adoro.

Primeiro, pela sua maravilhosidade palavrística: “botar” é um verbo gostoso e, junto com “reparo”, fica quase uma coisa só: “botáreparo”.

“Cê já botou reparo nisso?”

Bem mineirês, né?

Mas botar reparo não é apenas uma coisa saborosa de se falar.

É também uma categoria epistemológica.

Mas o que diabos é isso?

O que quero dizer é que botar reparo é um princípio para se enxergar o mundo.

Através desse princípio, através desse lembrete ontológico, você cresce sua capacidade de atenção.

Observação.

Reflexão.

Você pode botar reparo, inclusive, em como você e outras pessoas reparam.

botar reparo nos jeitos de olhar importa mais que o visto

Um nome chique para isso é metacognição.

A filosofia do botar reparo envolve um cuidado com o perceber.

Vemos um monte de coisas o tempo todo, todos os dias.

Fazemos um monte de coisas todos os dias.

Pensamos, nos relacionamos, nossa pele se entremeia com a pele do mundo todos os dias.

Mas em quais dessas interações a gente realmente bota reparo?

Botar reparo é o primeiro passo para Contemplar, Compreender e Criar.

Sem ele, não há aprendizado intencional.

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🔍 Você já tinha ouvido a expressão “botar reparo”?

O que ela te conta? E quais são seus jeitos de botar reparo no que você faz, sente, pensa, vê e vive?

Me diz nos comentários!