A Epistemologia do Escarafunchar
Como encontrar tesouros escavando a – e (re)construindo nossa – realidade
Eu venho falando aqui sobre alguns princípios que considero importantes na minha forma de enxergar a educação.
Tem a Filosofia do Botar Reparo, a Pedagogia do Envolvimento e outras mais.
Um outro verbo – gostoso de falar, imagético e com um significado profundo – que desejo propor é “escarafunchar”.
Escarafunchar a realidade. Uma Epistemologia do Escarafunchar (entendendo epistemologia como uma maneira de abordar questões relativas ao conhecimento).
Mas, afinal, que raios é isso?
Escarafunchar é remexer, investigar, procurar, examinar, tudo isso sendo feito com cuidado, calma e paciência.
Quem pratica a Epistemologia do Escarafunchar está preocupade tanto em aprender quanto em desaprender – e, às vezes, mais com o segundo do que com o primeiro.
“A maior inimiga da verdade não é a mentira, é a certeza” (adaptado de Nietzsche)
Escarafunchar não tem fim: ao encontrar o que se procura, outras buscas – algumas delas absolutamente imprevisíveis – se anunciam.
O conhecimento é construído e reconstruído na medida do envolvimento que sustentamos com os processos do (des)conhecer. As perguntas crescem junto com as respostas, assim como as raízes de uma árvore crescem junto do seu caule e folhas.
E quem escarafuncha não tem medo de seguir escavando – pelo contrário, nos encantamos por esse processo, vivendo essas buscas com mansidão. Não há pressa.
Quando você ouve a palavra “escarafunchar”, o que vem na sua cabeça?
Faz sentido pensar esse termo no contexto do aprendizado?
Me conta nos comentários! ⛏️
Mto legal! Queria buscar mais referencias sobre o tema, vc pode indicar, por favor?