“Botar reparo” é uma expressão que eu adoro.
Primeiro, pela sua maravilhosidade palavrística: “botar” é um verbo gostoso e, junto com “reparo”, fica quase uma coisa só: “botáreparo”.
“Cê já botou reparo nisso?”
Bem mineirês, né?
Mas botar reparo não é apenas uma coisa saborosa de se falar.
É também uma categoria epistemológica.
Mas o que diabos é isso?
O que quero dizer é que botar reparo é um princípio para se enxergar o mundo.
Através desse princípio, através desse lembrete ontológico, você cresce sua capacidade de atenção.
Observação.
Reflexão.
Você pode botar reparo, inclusive, em como você e outras pessoas reparam.
botar reparo nos jeitos de olhar importa mais que o visto
Um nome chique para isso é metacognição.
A filosofia do botar reparo envolve um cuidado com o perceber.
Vemos um monte de coisas o tempo todo, todos os dias.
Fazemos um monte de coisas todos os dias.
Pensamos, nos relacionamos, nossa pele se entremeia com a pele do mundo todos os dias.
Mas em quais dessas interações a gente realmente bota reparo?
Botar reparo é o primeiro passo para Contemplar, Compreender e Criar.
Sem ele, não há aprendizado intencional.
🔍 Você já tinha ouvido a expressão “botar reparo”?
O que ela te conta? E quais são seus jeitos de botar reparo no que você faz, sente, pensa, vê e vive?
Me diz nos comentários!
Adorei o modelo: Contemplar, Compreender e Criar. Tem um outro que gosto muito: respirar, segurar e expirar. Mesma ideia: consumir algo, digerir algo e criar depois…
Eu adoro "botar reparo" na vida. Acabei de escrever um texto onde conta que criar o trabalho que eu quero permitiu que eu "botasse reparo" em várias outras coisas que enchem minha alma.