Estamos em campanha política.
Não sou de omitir meu posicionamento, especialmente em uma eleição tão crucial para a história do Brasil e da nossa democracia.
Na realidade, é preciso ser bem claro: esta é A eleição mais importante de nossas vidas.
É ela que vai definir se o autoritarismo, o racismo, a intolerância, a misoginia, o fundamentalismo religioso e a falsa meritocracia irão triunfar, ou se como povo somos melhores que isso.
Votarei em Lula para presidente já no primeiro turno.
Simplesmente porque é a nossa melhor chance de reverter o estrago fascista no país, reduzindo as chances do genocida questionar a validade do processo eleitoral.
Não sou cego para as incoerências e anacronismos de Lula e seu partido. Sobre esse ponto, inclusive, vale muito a pena ler o posicionamento de Eliane Brum a respeito.
Não é o ideal. Está longe do ideal.
Mas, entre quem homenageia torturador e quem reverencia Paulo Freire, eu vou com o segundo.
Você é livre para pensar e escolher diferente de mim. Mas, neste momento, mesmo essa liberdade está ameaçada...
Não me importo de perder seguidores por expressar minhas visões políticas.
Te convido para permanecer aqui, mesmo que o meu posicionamento te incomode, pois só assim poderemos reaprender democracia.
Obs. 1: daqui a algumas semanas, pretendo organizar um encontro aberto para conversar sobre a eleição presidencial e o que está em jogo. O que prometo? Falar de política e manter/aumentar nossa conexão...
Obs. 2: agradeço à Marcelle Xavier por compartilhar comigo o post da Eliane Brum.
Eu vou ter que votar no Lula porque, infelizmente, ele é o único voto que elimina o Bolsonaro.
Espero um cenário mais favorável para escolha nas próximas eleições porque eu sempre votei por ideologia, mas eu entendo perfeitamente que, nesse ano, não poderei seguir minha ideologia porque agora estou pensando no bem da democracia e, com Bolsonaro, definitivamente, não há democracia.
Eleições... será que já refletimos seriamente sobre elas? A política e os políticos são movidos a eleições. Nossas esperanças e ilusões de ser bem representados também. As campanhas eleitorais seguem uma lógica rasa: diminuir/difamar o rival e fazer promessas para os pontos sensíveis a maioria da população. Apresentar propostas claras, assumir compromissos é cada vez mais raro na disputa eleitoral. A mim fica claro que é preciso ir além do momento do voto. Isto significa que os brasileiros precisam: (i) acompanhar de perto a política, e se posicionar com firmeza toda vez que desmandos e decisões equivocadas surgirem (as ruas e não as mídias é que são os locais de inequívoca expressão popular); (ii) se envolver e fortalecer todos os tipos de movimentos sociais que lutam por mais equidade e menos desigualdade. A construção de um país melhor para todos os brasileiros exige a atuação incansável dos movimentos sociais, vai muito além do momento do voto e de quem vence as eleições.