As pessoas teimam em confundir uma coisa com a outra.
Tudo que podemos ter são pontos de vista: perspectivas sobre algo.
Mesmo os pontos de vista mais comumente aceitos como “A Verdade”– a ciência, os fatos, a razão – são banhados por uma relação complexa entre o ser que observa + o que é observado + camadas e camadas de contexto (e não se engane, estas últimas podem alterar drasticamente o que se vê).
Contextos = social, cultural, econômico, racial, epocal e vários outros, em escala micro e macro.
O ponto de não retorno acontece quando você assume que o seu ponto de vista é o ponto final.
Fim da história. É assim e pronto.
Esse tipo de pensamento é a antítese do aprendizado ao longo da vida.
Para aprender com a vida e por toda a vida, precisamos de mais vírgulas e menos pontos finais.
Mais pontos de vista e menos pontos de não retorno.
O aprendizado não é uma linha reta a ser percorrida para se chegar à Verdade, à Iluminação, à Perfeição, e sim um plano multidimensional a se preencher com infinitos feixes de luz.
Seu mundo se enriquece com mais pontos de vista, e se empobrece com os pontos de não retorno.
Você costuma cultivar pontos de vista ou pontos de não retorno?
Como é pra você aceitar a ideia de que tudo são perspectivas?
Me conta nos comentários!
Ter certezas permite viver melhor, sem sobresaltos!
É uma afirmação potente, capaz de conter nossas inseguranças em um futuro incerto.
Por que não lutar pelas certezas... por que não subjugar as incertezas com as certezas.
Ter certezas é tão sedutor, tão arrebatador ... dá a falsa sensação de controle sobre os eventos e as situações... mas será os eventos e situações realidades rigidas, imutáveis?
Mas a vida é dinâmica, adaptativa, criativa, processual.
Assumir um ponto de vista como ponto final... é negar a vida... é desejar que ela seja o que não pode ser.
Nós... Nós todos (nossos afetos e nossos desafetos)... precisamos aprender a amar a vida... como ela é.
Como diria Cortela: “Ponto de vista é a vista a partir de um ponto.”
Adorei a chamada por mais vírgulas!
Gratidão Bretas!