Projetista de contextos
Precisamos parar de ser apenas projetistas de conteúdos e métodos (passos ordenados para se chegar a um resultado) e começar a sermos projetistas de contextos, ambientes, arquiteturas, “jogos”.
Nesses contextos, diferentemente de uma aula ou de um método linear, existe um convite para uma variedade de ações e interações, sendo que cada pessoa irá extrair exatamente aquilo que deseja ou precisa – na medida de sua motivação e persistência, é claro.
Nesses ambientes, as pessoas têm uma oportunidade rara: a de exercerem sua autodireção. Elas decidem suas próprias estratégias a respeito de como irão jogar o jogo e aprendem a partir das experiências e trocas que vivenciam.
Mas, afinal, por que isso importa?
Porque vivemos na era mais complexa já existente. E a complexidade demanda mudança constante, adaptabilidade, autenticidade, criação.
Método pronto e aula expositiva gera reprodução, mais do mesmo, cópia, inércia.
No fundo: mediocridade.
Obs.: eu e Marcelle Xavier criamos um jogo para treinar essa habilidade de criar contextos e ambientes. Como você organizaria uma festa com o intuito de gerar conexão entre as pessoas? Quais rituais, espaços, experiências e possibilidades você criaria? Quais brincadeiras e jogos? Quais histórias e segredos? Quais narrativas? Divida o grupo em subgrupos menores se necessário, jogue essa pergunta e, depois, crie um momento para cada grupo compartilhar sobre sua festa.