Quando o aprendiz autodirigido está aprendendo informalmente (lembrando que autodirigido e informal não são a mesma coisa), um dos desafios mais comuns é como perceber o próprio progresso nesse aprendizado.
“Quando é que estarei pronto?” “O que vai me dar segurança?” “Como saber que eu cheguei lá?”
Mais uma vez, o que temos aqui é um reflexo perverso das crenças escolarizantes agindo na nossa vida. Na educação tradicional, existe uma autoridade (apoiada por um sistema) que diz quando o aprendiz está pronto e quando não está.
E, embora o feedback de pessoas mais experientes possa ser útil, esse processo “autorizatório” do outro sobre mim, ao se acumular durante anos e anos, gera uma sensação de medo crônica, de não confiança no próprio pé e de recusa à interação com a realidade sem a presença de um mestre autorizador.
A própria noção de se “estar pronto” é também uma reverberação da cultura escolarizante. Será mesmo que existe uma linha de chegada?
O que fazer, então?
Na aprendizagem autodirigida, algumas dicas que podem ajudar na percepção do próprio progresso ao aprender são:
Defina o que você quer fazer com o aprendizado que está construindo. Assim você terá um parâmetro concreto na hora de se avaliar.
“Recorte” o processo em pequenos níveis progressivamente maiores de desafio e habilidade (afinal, o Mário não enfrenta o Koopa logo na primeira fase)
Crie alguns marcos ao longo do caminho e invente formas de celebrar sempre que atingi-los
Torne o progresso uma experiência visual e significativa (por ex.: retirar um post-it da parede sempre que ler um capítulo ou compor uma música)
Peça escuta a alguém e compartilhe os desafios e as conquistas do percurso regularmente
Mesmo ao alcançar a sua linha de chegada, perceba que o aprendizado nunca acaba
Faz sentido? O que você faz pra perceber o próprio progresso ao aprender de maneira autodirigida?
Obs.: faltam menos de 10 dias para a Semana A2, uma jornada gratuita de 7 dias sobre aprender a aprender. De 26 de outubro a 2 de novembro! Compartilhe o link para mais pessoas se inscreverem: www.alexbretas.com.
Obrigado por sempre trazer clareza para nossos bloqueios de aprendiz, Alex!
"E, embora o feedback de pessoas mais experientes possa ser útil, esse processo “autorizatório” do outro sobre mim, ao se acumular durante anos e anos, gera uma sensação de medo crônica, de não confiança no próprio pé e de recusa à interação com a realidade sem a presença de um mestre autorizador.
A própria noção de se “estar pronto” é também uma reverberação da cultura escolarizante. Será mesmo que existe uma linha de chegada?"
Isso é muito forte.
Abração!