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Aos vinte e poucos anos participava de alguns grupos onde se falava da possibilidade de não nos rotularmos com nossas referências engessadas de profissão no momento de nos apresentar para o grupo. Aquilo me encantou, ver uma juíza (que descobri depois) se apresentando como alguém que acredita na vida, ou um médico priorizando dizer sobre si a partir da paternidade e interesses.

Acredito que essa reflexão foi ficando cada vez mais comum e ela é realmente muito válida em muitos contextos onde ser o "doutor" direciona a única forma que a pessoa se vê e direciona como as relações se constróem. Acontece que eu me perdi muito na personagem de não ser nada. "O que você faz?", puts, sempre aquela pergunta difícil e com mil parênteses.

No fim, algumas bordas são importantes para transitar no mundo. Hoje já me sinto mais confortável para dizer que sou psicóloga, por exemplo. Sabendo que não sou só isso, mas que é uma palavra que dá algum contorno para algo que sou e também facilita a compreensão para o ouvinte.

Esse seu texto me lembrou dessa história, são muitas nuances entre liberdade e bordas. <3

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Penso muito nisso, sempre quis tanto ser livre, hoje que to bem pertinho do que eu chamava de liberdade, amo as estuturas pra me ancorar. Estar em suspenso é pra poucos, se é que isso existe, mas acho que alguns, os nômades e os não monogamicos, por exemplo, lidam melhor com uma coisa ou outra hahahah

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seus textos sempre pontuais, e chegando na hora certa!

gratidão por trazer suas reflexões e dividir angustias..

e existem momentos que é necessário desconstruir para (re) unir...

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