17 Comentários

Eu gostei demais desse texto, Alex!! Me senti conversando contigo sentados numa varanda conversando sobre a vida. Eu te vejo, te sinto, e aprecio muito esse movimento de escrever verdadeiramente o que está dentro. É motivador!

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Um alento .. um grande alento ler tudo isso em um mundo “algoritmizado” que faz tudo ser tao igual. Só continua. Pelo amor de deus .. so continua

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Diga-me quantos anos tens, e lhe direi que crise é. Nada de errado em encerrar ciclos, fazer uma pausa, sentir a vida, o corpo, as lembranças… Ah! As lembranças. Tudo se tornou e continua tão acelerado nestas duas últimas décadas e isso nos colocou a todos no mesmo “brete”.

Certamente há significados nisso tudo; tão certamente quanto parar de navegar e sentir os ares também é preciso - viver é preciso. Pensar nos reorienta. Mas para nos reorientarmos é vital sentir, experimentar, saber pausar - aquelas que existem em todas as músicas.

Até meus 40 e poucos anos, vivia como em uma fuga de Bach (e a palavra fuga vem de ricercare). Procurava mais e mais informações e mais conhecimento; formas de colocá-los em prática. Hoje estou mais para uma Kinderszenen - me permitindo acessar mais lembranças, mais sentimentos - revivê-los, em grande medida. E comemorando minhas bodas de prata comigo mesmo, com aquele de quem me separei há muito tempo, há 25 anos.

Aonde isso vai dar? Não sei. E também não pretendo muito saber. Pretendo sentir, por ora. Até retornar para minha alma. E, “meu caro amigo Guilherme” - digo eu para mim mesmo - “você é capaz de coisas muitíssimo legais e inspiradoras quando está dentro da alma.”

Desejo a você, Alex, os melhores sentimentos sobre tudo o que pensou, produziu, viveu. E que aproveite uma bela pausa sem o constrangimento de ser observado. Se escrever sem ser observado é bom, então experimente sentir o quão bem pode fazer viver esquecendo-se de que é observado.

Grande abraço 🎈

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Não tenho muito a dizer, mas você não está sozinho. Mesmo!

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Alex, você me fez ler este artigo duas vezes.

Nas duas leituras me senti tão menos solitário nesta busca por um lugar incerto, pouco claro.

Obrigado pela coragem em expor suas fragilidades, saiba que do outro lado existem outras pessoas, como eu, que após essa leitura estão se sentindo mais normais por questionar o caminho pelo qual as coisas estão indo.

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"Cuidado com gente que não tem dúvida". Nunca achei você uma pessoa com certezas demais. Vc sempre falando como se suas descobertas fossem apenas hipóteses, pontos de vista, igualmente válidos se comparados ao oposto deles. Aprendi isso com você. A não querer lacrar, não chegar com as verdades verdadeiras. Ir de mansinho, me observando e observando os contextos. Sinto que algumas certezas me coloca de pé todo dia, me estimula a buscar alguma coisa relevante pra mim naquele momento. Mesmo que depois de um tempo já não faça sentido, essas poucas certezas me movimentam interna e externamente. Quais são as suas poucas certezas nesse momento? Tem uma, duas? Já tá valendo. Você também me ensinou a "não saber junto", a curtir o não-saber como algo valioso, um momento que a gente se sente nossa humanidade profundamente. Então, meu convite é não sabermos juntos o que está acontecendo com você. E ficarmos bem nessa fase, que passa, como tudo.

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Oi Alex, confesso que depois da maternidade coisas similares me perturbam. Me sinto quase como um ramster na sua rodinha... e não sei muito bem como sair dela! Obrigada por compartilhar o que sente! É muito bom te "ouvir"! Posso te garantir que você mudou a minha forma de pensar a aprendizagem e isto terá muito impacto nesse serzinho que eu trouxe ao mundo. :)

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Oi Alex, senti suas palavras por aqui. Com certeza sua mudança geográfica causou grandes revoluções internas. E isso é bom demais, novas perspectivas! Fico entusiasmada pelas suas criações futuras. Eu leria muito seus textos provocativos sobre o capitalismo e seus poemas, o mundo tem precisado disso ultimamente. Aproveite muito viver o mundo com toda sua intensidade, se seu corpo diz, escute a grande sabedoria interior. Abraços e muita vagareza por ai :D

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Hey Alex, saudades de ti irmão. Posso compartilhar um ponto de vista?

Experimentação.

Como assim? Experimente, brinque e descubra o Alex 2.0 no caminho.

Sinta, e vai tirando o que não faz sentido até só sobrar o que faz.

Pra mim essa sensação veio mais como uma redescoberta do meu verdadeiro Ser, do que de fato estar perdido, isso tem mais cheio de auto-descoberta do que estar perdido.

P.S: Precisar de um amigo na ilha, estou aqui, bora trocar angustias e iluminações

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Caro Alex.

Me faltam palavras para explicar como realmente entendo o seu sentimento.

Algumas coisas me ajudaram muito a me "encontrar nessa fase":

- Entenda que você não é a sua profissão/carreira. Por mais que muitas das vezes dedicamos e abdicamos de nós por ela.

- A vida é muita curta para nós prendemos em apenas uma versão nossa. - Talvez a sua versão de hoje não é exatamente como você gostaria mais cada dia uma nova chance. Não precisa ter acelerar a vida.

- O tédio é tão importante quanto o ócio criativo. - Estamos intoxicados de imediatismos e nossa alma precisa de pausa. Por exemplo, sabe quando a gente sente uma vontade de comer um bolo e simples e fácil pedir isso em um click? Na verdade o que nossa alma precisa é daquele momento que o "click" não vai nos dar, é ir no mercado, é escolher os ingredientes para bolo, é tentar fazer uma receita pela memória, é se divertir lambendo o pote depois de colocar a massa na assadeira, é esperar ele ficar pronto com a expectativa para saber se deu certo ou não. E no final celebrar por ter tentado.

Quando percebi isso ficou mais fácil, acolher meu eu novo que ainda estou conhecendo.

Espero que você sinta-se abraço mesmo que a distância.

Confie no seu eu que está em construção.

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Sua pergunta... o que está acontecendo comigo?

No meu modo de ver, tem uma resposta simples: "você está sendo jenuinamente humano"... fazendo um balanço do caminho já percorrido, que construiu parte do que você é hoje... e lentificando o fazer... para se tornar disponível para dar novos significados ao que já está ai... ou para novas configurações de vida, de trabalho.

Isto é um movimento biocentrico, uma busca por uma conexão profunda com as manifestações essenciais da vida... nos humanos, nos animais, na natureza.

Como muito já manifestaram aqui nos comentários... é uma jornada que muitos estão passando (eu me incluo também)... uma jornada muito humana e imprescindível.

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Alex, amigo querido!

Bem-vindo ao processo de transformação pessoal que denomino dos medos do ego para o voo da alma.

Uma boa pergunta sempre será: qual ou quais os desejos de minha alma para os quais preciso dar passagem?

Forte abraço e permaneço na escuta.

Farah

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Gratidão por partilhar suas profundezas. Bem-vindo ao nosso mundo. Somos muitos, dá para ver pelos comentários. Não sei bem se é um "sentir mais" como escreveu. Escrevo isso pela minha experiência, estava farta do digital e do sentir mais do presencial, precisei tomar distância. Mas veja, demorei e estou no processo de compreender isso.

Tomei distância de tudo e de todos, para poder olhar e entender tudo que estava acontecendo comigo, já dura alguns meses... Não foi um distanciamento para dentro sabe, tipo autoconhecimento, foi uma reclusão para fora....tenta imaginar....rs. É como se eu flutuasse por cima da minha vida e dos acontecimentos.

Duas coisas que estão me ajudando... A corrida de rua e em trilhas, contato com a natureza e assistir a tarot do meu signo...hahaha...pode rir, tô fazendo o mesmo, pois nunca pensei em fazer isso, mas para mim está gerando um conforto...rs.

Não quero ser apocalítica, mas pode doer mais, então escuta o seu corpo, foram anos de evolução, não dá para lutar contra ou abafar o grito interno.

Não pare de escutar seus guias...não estamos sozinhos.

Um grande abraço.

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Poderia escrever praticamente a mesma coisa, tirando o sucesso que vc conquistou no que faz. Conquistei algum, mas escondidinho....kkk. Mas, novamente: sinto a mesma coisa, apesar de ser bem mais velho (52) que vc - acho.

E acho que vamos começar e ver isso acontecendo cada vez mais. A pandemia foi um marco, como se fosse a gota d'água. O que vinha sendo administrado vazou em nós. E agora precisamos ou aumentar o copo ou mudar a densidade do que vai dentro. Ainda estou nesse caminho - seja bem vindo.

grande abraço, José Eduardo

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Acompanho seu trabalho, meio de longe, já há alguns anos. Tenho um certo interesse por educação e principalmente por mudar a forma como nos educamos.

É uma surpresa contente ouvir suas opiniões sobre outras questões que de alguma forma também me importam, como alguns dos problemas do sistema em que vivemos e como cada vez mais aspectos da nossa vida têm se tornado produtos, e sobre como isso também se conecta com o uso das telas, que agora comercializa nossa atenção e que por consequência rouba parte de nossa vida. Pelo menos essa é minha impressão.

No momento estou passando também por um momento assim, onde não sei bem quem eu sou, esse "momento" na verdade já deve estar durando alguns anos, mas não exergo como negativo o tempo que isso tem durado. O que importa é que consigo perceber ao mesmo um aumento na minha maturidade em relação a vida. Espero que esse momento possa trazer bons frutos a você também!

Obrigado pelo texto!

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Insistir na carne ficou mto tempo no time dos pecados. Esse é nosso time - da carne, olho no olho, e todas angústias e desejos que você partilhou nesse texto. Tá mto fácil ficar no time dos desavisados das consequências dessa vida de desconexão. As consequências são puro uó. O jogo não acabou e nem acaba: vamos gingando. Que bom que eu abri seu e-mail hoje 😖😖✨😖✨🧡✨✨✨🌈🌈🌈🌈 Vamos seguindoooOo

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