Alex, esse texto me trouxe um respiro muito importante. Tenho refletido tanto tanto sobre essa revolução tecnológica - o preço tá tão alto, sabe? Me sinto presa, viciada, e pagando com bens preciosos demais: a minha noção própria de identidade, a forma como minha cabeça funciona, a minha memória e raciocínio, a forma como as relações se dão, o tempo, a saúde!
As redes fazem uma promessa bastante mentirosa de mais e mais conexão.
Morei muito na internet na época em que fiz intercâmbio. Buscando nas telas conexão com os meus, deixei em algumas oportunidades de me conectar com quem estava ao meu redor - sentia mais e mais a solidão.
Não é diferente com o trabalho. A promessa de mais e mais informação me tira a conexão real de qualquer coisa, e quanto mais atendo ao mercado com multitarefas, mais incompetente me sinto.
Voltando à memória, não lembro quem disse que tem que amar pra aprender, nem quem disse que amar e atenção são quase a mesma coisa. Mas fazendo uma conta rápida, a internet tá me tirando o nutriente vital do amor , e assim, do aprendizado.
Já notei que sou mais feliz quando tô fora das telas e consumo pedaços de vida e arte como ver aquele filme ou cozinhar aquela coisa que queria há muito tempo. Vou buscar estar mais atenta à riqueza da minha rede pra me nutrir de vida.
Falando em tempo proveitoso, vamo se juntar viver arte?
Obs: brigada por nos engajar a responder, não tinha percebido esse espaço como uma possível redoma, e além disso, escrever sobre me deu direito ao tempo e conexão mais profundos com esse tema - me emocionei por aqui.
A diferença entre a IA selecionar para você e você descobrir conversando com pessoas é que na segunda opção um assunto puxa gancho para milhares de outros assuntos e nosso leque de aprendizagem é maior. Nenhuma IA consegue reproduzir os links inimagináveis que nosso cérebro faz enquanto conversamos com outras pessoas, porque isso se desenrola de acordo com as experiências e vivências de cada um e até mesmo de como estamos nos sentindo naquele momento.
Primeiro quero registar que adorei isso:
“Proveitoso” tem a ver com aproveitar, “produtivo” tem a ver com... capitalismo”
Eu ri! Kkkkkk
Segundo: percebi que tenho essa “Fila”, mas não fazia ideia de como era “contra a maré” dos algoritmos!
Fiquei feliz e curiosa para saber o que está na Fila das outras pessoas! O que indicam e o que estão aprendendo ultimamente!
Alex, esse texto me trouxe um respiro muito importante. Tenho refletido tanto tanto sobre essa revolução tecnológica - o preço tá tão alto, sabe? Me sinto presa, viciada, e pagando com bens preciosos demais: a minha noção própria de identidade, a forma como minha cabeça funciona, a minha memória e raciocínio, a forma como as relações se dão, o tempo, a saúde!
As redes fazem uma promessa bastante mentirosa de mais e mais conexão.
Morei muito na internet na época em que fiz intercâmbio. Buscando nas telas conexão com os meus, deixei em algumas oportunidades de me conectar com quem estava ao meu redor - sentia mais e mais a solidão.
Não é diferente com o trabalho. A promessa de mais e mais informação me tira a conexão real de qualquer coisa, e quanto mais atendo ao mercado com multitarefas, mais incompetente me sinto.
Voltando à memória, não lembro quem disse que tem que amar pra aprender, nem quem disse que amar e atenção são quase a mesma coisa. Mas fazendo uma conta rápida, a internet tá me tirando o nutriente vital do amor , e assim, do aprendizado.
Já notei que sou mais feliz quando tô fora das telas e consumo pedaços de vida e arte como ver aquele filme ou cozinhar aquela coisa que queria há muito tempo. Vou buscar estar mais atenta à riqueza da minha rede pra me nutrir de vida.
Falando em tempo proveitoso, vamo se juntar viver arte?
Obs: brigada por nos engajar a responder, não tinha percebido esse espaço como uma possível redoma, e além disso, escrever sobre me deu direito ao tempo e conexão mais profundos com esse tema - me emocionei por aqui.
A diferença entre a IA selecionar para você e você descobrir conversando com pessoas é que na segunda opção um assunto puxa gancho para milhares de outros assuntos e nosso leque de aprendizagem é maior. Nenhuma IA consegue reproduzir os links inimagináveis que nosso cérebro faz enquanto conversamos com outras pessoas, porque isso se desenrola de acordo com as experiências e vivências de cada um e até mesmo de como estamos nos sentindo naquele momento.
Precisamos exercitar todos os dias nossa "musculatura de sermos humanos". Me sinto totalmente nesse caminho de restauração das minhas humanidades.