A gente se viciou em sempre querer responder tudo.
(E a culpa não é nossa, e sim das crenças escolarizantes que nos espremeram desde crianças, e aí só sobrou o bagaço)
É claro que responder é importante. É o nosso agir no mundo.
O problema é que, com frequência, a gente queima a largada.
Passa para o lado da resposta rápido demais. E também não sustenta um olhar de pergunta prosseguido ao manifestar nossas respostas.
A nossa “perguntabilidade” é fraca perto da nossa “respostabilidade”.
Se você não se mantiver aberto e perguntativo nas coisas que faz na vida, vai acabar perdendo a conexão.
(Sugiro a leitura deste outro textinho meu para compreender o que significa “perder a conexão” aqui).
E, concatenando com isso, uma provocação poderosa:
Tenho tantas perguntas para suas respostas…
Essa inversão é boa, né?
Cultive muitas perguntas para cada resposta que estiver na mesa – sua ou de outras pessoas.
Não no sentido de aniquilar a primeira resposta, e sim de fazê-la florescer, ramificar, avoar.
Isso é o ethos da curiosidade em ação – puro C de Compreender.
Quantas perguntas você pode fazer a um tijolo?
Obs.: aprendi a frase “tenho tantas perguntas para suas respostas” com a Cacá Rhenius.
Quais perguntas você pode fazer a esta resposta (em forma de texto)?
E como você se mantém perguntativo na vida? Me conta!
É ótima essa postura, vou praticar agora: Você acredita que ser perguntativo tem a ver com escuta ativa?