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Jan 5Gostado por Alex Bretas

Oi Alex, em geral gosto dos seus insights - você sabe, mas este eu não posso curtir. Acho que está equivocado para ser bem sincera. Para comentar com exemplos, uma Universidade Corporativa tem compromissos institucionais de desenvolvimento que são movidos por questões normativas voltados a assegurar saúde, segurança e qualidade nas operações. Tem compromissos sociais relacionados a acordos globais. Tem compromissos culturais com a instituição a que serve.

Acredito também que sem ter vivenciado longos anos dentro de organizações e sem conhecer por dentro as dinâmicas e desafios de uma educação corporativa numa grande organização, fica difícil assumir um lugar de fala coerente, cheio de críticas e julgamentos. Este comportamento demonstra uma postura inocente e impcompátivel com quem se compromete a transformar o mundo da aprendizagem.

Aliás, o ensino - aprendizagem, para nós que nos dedicamos de forma apreciativa e incentivadora frente as práticas da auto direção, torna este processo ainda mais delicado em nossas vidas, pois em maioria, quando pequenos, somos matriculados em colégios, colonizados em culturas por meio de "ensinagem" seja lá o que isso significa.

Atuo há 6 anos numa grande e importante Universidade Corporativa. Já te convidei para falar de Aprendizagem Auto-dirigida, e em minha experiência, posso garantir a você que este texto me chegou violento, equivocado, cheio de julgamento e vazio de conteúdo com justificada experiência de causa.

Proponho refletir e pensar um caminho mais colaborativo à evolução do tema e sugiro refletir também sobre o momento de transição que toda a humanidade anda vivendo, onde tecnologias e modelos mentais sedam mudando todos modos de trabalho e interação.

Abraços fraternos e sinceros, de quem te aprecia e segue, Alessandra Bernardo.

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Jan 8·editado Jan 8Autor

Oi, Alê!

Que bom que você trouxe seu pensamento de uma forma honesta e sincera, valorizo isso.

Estou entendendo que o texto a deixou incomodada, e dentro desse incômodo você pontua algumas questões: a seriedade e o compromisso de uma UC, a experiência longa e "na pele" dentro de uma organização para poder falar com propriedade sobre o tema e a presença de uma forte carga de julgamento no post.

Gostaria de comentar cada uma delas abaixo:

- A seriedade e o compromisso de uma UC: ao meu ver, concordamos nesse ponto, embora pensemos diferente em relação aos meios. Quando uma Universidade Corporativa transiciona para um modelo tal qual eu aponto no texto, mais baseado na indução de uma cultura de aprendizagem autodirigida em comunidade (mas sem abdicar das ações formais imprescindíveis), ela não deixa de ser uma instituição séria e comprometida, pelo contrário. Há de se ter muito compromisso e consistência para fazer esse outro modelo realmente vingar, como afirmo no final do texto.

- A experiência longa e "na pele" dentro de uma organização para poder falar com propriedade sobre o tema: entendo que eu possivelmente nunca irei falar do mesmo lugar de onde fala alguém que está há muitos anos dentro de uma organização atuando em uma UC. Ao mesmo tempo, não acho que isso seja algo ruim.

- A forte carga de julgamento no post: eu sinto que o texto tenha chegado pra você de uma forma que talvez tenha te deixado incomodada e irritada, e imagino que isso possa estar relacionado com os julgamentos que faço. De fato emito opiniões no texto, e isso faz parte do meu trabalho como alguém que propõe possibilidades dentro de um campo e investiga/critica o que está posto dentro desse mesmo campo. Posts curtos muitas vezes acabam soando mais taxativos porque o espaço para desenvolver a ideia é limitado. Ainda assim, minha intenção não foi a de condenar nada, e sim oferecer novas pistas para pensar/enquadrar a questão de uma outra maneira.

Que possamos seguir tecendo nas convergências e divergências, por aqui e nos outros canais que tivermos para nos encontrar :)

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